Um Processo Interdisciplinar.


    Pluridisciplinaridade; Multidisciplinaridade; Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade.O que há em comum nestas palavras é a palavra diciplinariedade/disciplina que deve ser entendida como aquelas "fatias" dos estudos cientificos e das disciplinas escolares, tais como matemática, biologia, ciencias naturais, historia, etc. e de um esforço em superar tudo o que esta relacionado ao conceito de disciplina. Assim, interdisciplinaridade é parte de um movimento que busca a superação da disciplinaridade.
   Foi seguindo essas premissas que o professor Marcos Vinicius Bortolus em sua disciplina “Processo Criativo E empreendedorismo”, agregou conhecimentos de outras áreas como dança, musica, teatro e capoeira em suas aulas com o intuito de transportar alunos de engenharia para outras formas  e modos de percepção e de aprendizagem.
  A questão da interdisciplinaridade ganha força coma a chegada de Pierre Souza Fonseca Aluno de graduação da Escola de Belas Artes, e seus estudos em esculturas Cinéticas, estudos estes que estreitam as relações entre arte e engenharia. Os interesses mútuos do professor Bortolus e do aluno Pierre souza fonseca no campo das artes cinéticas resultaram no ponto de partida que norteou a disciplina no seu primeiro semestre de 2010.
  A proposta a ser desenvolvida pela parceria entre Arte e engenharia, seria a produção e pesquisa de esculturas cinéticas  realizadas por alunos das engenharias juntamente com alunos de artes visuais. Estes estudos resultariam na montagem de uma exposição de arte cinética que seria montada e gerida pelos alunos.
   A introdução as artes plásticas  se deu por aulas seguidas de experimentações esculturais no campo das artes cinéticas ministradas pelo aluno Pierre, ao mesmo tempo em que o professor Bortolus instigava nos alunos à curiosidade para a percepção do uso do espaço e do corpo através da capoeira, musica e teatro.


Experimentações em esculturas figurativas a partir de sucatas


   No decorrer da disciplina os alunos seriam divididos em grupos, onde cada grupo seria responsável pela produção de uma escultura cinética e contaria com presença de um aluno de engenharia mecânica, outro da engenharia de produção e um aluno da escola de Belas Artes. O interesse nessa divisão seria explorar o talento e conhecimento dos alunos de áreas distintas do ensino para a produção das peças cinéticas.

Primeiras experimentações cinéticas.

  Cada grupo seria orientado pelo Aluno Pierre Souza Fonseca nas questões estéticas e plásticas das esculturas e as questões estruturais e de materiais seriam de consultoria do professor Bortolus. A troca de conhecimentos e de saberes se deu em interações dentro e fora da sala de aula. O surpreendente  e que ocorreu nessa troca foi que os alunos tanto da engenharia quanto os da belas artes não enxergaram limites entre os dois universos do saber que supostamente os separavam.
Chegou um momento do processo em que alunos de engenharia acostumados a cálculos e a formatações estavam desenvolvendo soluções plásticas e estéticas para suas peças e alunos da Belas Artes íntimos do abstrato se viram resolvendo e pensando lógicas estruturais de mecanismos.

             Primeiras experimentações cinéticas.



Laboratório de soldagem se transforma em ateliê.

   Para a produção das peças cinéticas laboratórios da Engenharia foram utilizados como ateliês e ateliês da Escola de Belas Artes se transformaram em laboratórios. 



               Jato de microparticulas da um toque de requinte as peças.





Retocando engrenagens.